domingo, 20 de maio de 2012

O QUE VOCÊ ENTENDE POR FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO.


A filosofia da educação não é meramente uma transmissão de conceitos ou de conteúdos, mas uma forma de moldar os seres humanos para que possam conviver de forma mais harmônica em sociedade.

O processo educativo segundo Platão deve ser focado na auto-superação, configurando uma transição para fora da realidade que pode ocorrer de forma consciente ou inconsciente, onde o sujeito almeje uma realidade melhor no sentido ontológico e social. Este conceito mostra a necessidade de projetar-se para fora da realidade para um lugar que até então não existia, para servir de modelo no processo educativo proposto.

A qualificação das pessoas só pode ser alcançada pela educação. É preciso se lançar para fora de si mesmos, sem deixar de ser o que somos, construindo novos conceitos que orientam e direcionam o nosso agir.

Filosofia da educação pode então ser assim conceituada, “a necessidade e possibilidade de qualificação do ser para a vida coletiva”.

Ensinarmos o valor da responsabilidade de cada um na construção do seu ser individual para que, através disso, se alcance a capacidade de conviver em sociedade de forma justa, pacífica e crítica.


Bibliografia

CHAUÍ, Marilena, convite a filosofia. São Paulo: Ática, 1996

Youtube.com http://youtu.be/kuqFIrUmxk0

"Teoria dos dois mundos" defendida por Platão.


A teoria platônica dos dois mundos é destacada como o cerne da teoria criada por ele, ou seja, sua própria teoria.

 Com a criação da teoria da distinção dos mundos sensível e inteligíveis, Platão, denomina a matéria como algo imperfeito, em constante estado de mudança, era preciso que a filosofia se afastasse do mundo sensível, para ocupar o mundo verdadeiro, visível apenas ao pensamento. Dai o surgimento de dois mundos diferentes e separados. O mundo sensível, dos fenômenos e acessível aos sentidos, e o mundo das ideias gerais ou inteligíveis, definido como o mundo das essências imutáveis, que o homem atinge pela contemplação e pela depuração dos enganos dos sentidos.

Através do mito da caverna, Platão explica melhor sua teoria. Diante da imaginação de uma caverna onde homens estão acorrentados desde a infância, de tal forma que não podem se voltar para a entrada e apenas enxergam uma parede ao fundo. Ali são projetadas sombras das coisas que se passam às suas costas, onde há uma fogueira. Platão indaga que se um dos homens conseguisse se libertar e comtemplar a luz do dia, os verdadeiros objetos, ao voltar à caverna e contar as descobertas aos companheiros seria zombado e dado como louco.

No mito a caverna é o mundo em que vivemos, as sombras das estatuetas são as coisas materiais que percebemos. O prisioneiro que se liberta da caverna é o filosofo, que representa a luz do exterior do sol. Os homens presos conhecem apenas o mundo sensível, já o liberto conhecia a verdadeira essência das coisas, conheceu o mundo das ideias.


sábado, 12 de maio de 2012

Teoria da "Maiêutica".

Maiêutica (em grego “parto das ideias”), método socrático (Sócrates) no qual ele induz uma pessoa, por ela própria, por seu próprio raciocínio, ao conhecimento ou solução de sua dúvida, onde num conjunto de perguntas e respostas leva o indivíduo a entrar em contradição, e depois leva-lo à chegar a conclusão que o seu conhecimento é limitado. Este método procura desfazer ilusões, de eliminar o impasse sobre o conceito de alguma coisa levando ao entendimento.
O referido método exigia que o interrogado eliminasse  os seus preconceitos e a relatividade das opiniões alheias e passasse a pensar, a refletir sobre se mesmo.



Fontes:

Material didático Filosofia da educação (Jardim, et al,2011) cap. I


 

 



Análise sobre o método "Pedagogizador" e a prática educacional voltada para Intersubjetividade.

Os métodos pedagógicos é na sua maioria um conjunto de técnicas para serem aplicadas na sala de aula, sem levar em conta os respectivos contextos escolares.
A relação professor-aluno é vista como única perspectiva do processo educativo, sem ligação no espaço escolar, com a cultura e o modo de organização.
Esses métodos educativos nem sempre são significativos para os alunos, pois na maioria das vezes é centrado em conteúdos definidos pelo professor no qual a participação do aluno é restrita.
Temos que pensar em formar alunos reflexivos, críticos e autônomos, onde eles sejam livres e capazes de construir seu próprio caminho.
Quando pesamos em intersubjetividade na educação temos que considerar uma educação que possa contribuir para formação de novos saberes culturais, de interação social e de sujeitos competentes para ação, para comunicação e para convivência social.



Fontes:

Material didático Filosofia da educação (Jardim, et al,2011) cap. IV



sábado, 5 de maio de 2012

Racionalismo (Descartes),Empirismo(David Hume), Iluminismo Criticismo(Kant).


Racionalismo:

O pensamento filosófico de Descartes baseia-se na consciência do homem e não no mundo. A verdade está no interior do próprio sujeito, ou seja, o pensamento racional como condição para existência (“penso logo existo”.).
Através do racionalismo, o surgimento do ser pensante, é o primeiro passo para o conhecimento, somente assim será possível conhecer a realidade, o pensamento lógico.


 
Empirismo:

Segundo David Hume, considera que todo conhecimento pertinente ao mundo se inicia com experiência com base na percepção.
Para os empiristas nenhuma certeza é possível, nenhuma verdade é absoluta; o pensamento só existe como fonte da experiência sensível, ou seja, a experiência é a única fonte valida de conhecimento.

Características:
- não há idéias inatas, nem conceitos abstratos;
_ o conhecimento se reduz a impressões sensíveis e idéias definidas como cópias enfraquecidas das impressões sensoriais
- as qualidades sensíveis são subjetivas;
as relações entre aas idéias reduzem-se a associações
- os primeiros princípios, e em particular o da casualidade, reduzem-se a associações de idéias convertidas e generalizadas sob forma de associações habituais;
_ o conhecimento é limitado aos fenômenos  e toda metafísica, conceituada em seus termos convencionais, é impossível.


Iluminismo Criticista:

O iluminismo foi consagrado no final do século XVIII (conhecido como século das luzes), marcado por duas ciências a matemática e a física, fundamentado suas respostas as questões na razão, na liberdade de expressão e pensamento.
O iluminismo caracterizou um nova era, concebida pela razão, a ciência, e o respeito pela liberdade, determinando atitudes significativas na sociedade. Os iluministas criticaram o modelo politico da época como os abusos o autoritarismo, e propuseram uma nova organização social.

CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. 6.ed. São Paulo: Ática,1995.

REALE, Giovanni e ANTISERI, Dário. História da filosofia. 4ed.vIII

Trad. Álvaro Cunha. São Paulo: Paulus, 1991.



www.infoescola.com

Filosofia moderna


A filosofia da idade moderna se originou com base nos estudos desenvolvidos por  Galileu, René Descartes, Kant, Nicolau, Copérnico, apresentando como características  o racionalismo,  o empirismo e o iluminismo criticista.
O movimento renascentista contribuiu para o desenvolvimento do pensamento moderno, pois apesar de estar cheio de superstições e crenças consegue realizar críticas à religião, onde também a curiosidade é aguçada e ilimitada, o desenvolvimento científico e a capacidade humana, a necessidade de uma nova definição do ser humano e seu lugar no mundo foi considerada.
A modernidade denominada idade da razão vai, em contradição ao que se pensava na idade média onde a palavra de Deus era considerada a fonte única do conhecimento, na modernidade o homem utilizará de métodos científicos para conhecer o mundo e as coisas.
A ciência moderna com a introdução da geometria pelo filosofo e matemático Galileu, auxiliou na crítica a todo pensamento que acreditava num mundo bem ordenado e calmo e na terra como centro do universo.
Na modernidade a religião e suas crenças não consegue mais explicar aos questionamentos, levando o ser humano a explorar o mundo com base num saber científico. O se humano a partir de então se torna mais livre e cria-se uma nova postura, percebendo no mundo as condições para alcançar a felicidade e a verdade. A razão proporcionada pela liberdade junto a curiosidade científica agrega valores imprescindíveis, na arte, economia, política, geografia e filosofia, levando o homem a ocupar um lugar de destaque no mundo.
Segundo Marilena Chauí para os empiristas o contato com o mundo externo através de um conjunto de sensações leva a um processo de dedução e consequentemente ao conhecimento. Na modernidade a uma separação entre ciência empírica e filosofia.
Kant sintetizou o racionalismo característico da modernidade, como um processo natural da evolução da sociedade, onde o ser humano estava pronto para pensar  com base na própria razão.

CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. 6.ed. São Paulo: Ática,1995.

REALE, Giovanni e ANTISERI, Dário. História da filosofia. 4ed.vIII

Trad. Álvaro Cunha. São Paulo: Paulus, 1991.

segunda-feira, 30 de abril de 2012

Análise do pensamento de Platão e Aristóteles

A proposta educacional e politica de Platão demonstra de forma evidente que existe uma estreita e necessária relação entre política, conhecimento e educação.
O entendimento que se tem a respeito da educação nos dias atuais tem muito do senso platônico, quando sugere o sentido da educação como educação integral – corpo e alma (Paidéia), como meio, construir uma república sedimentada em valores como o Bem, o justo e o Belo.
O pensamento educacional de Platão fundamenta que indivíduos devem ser educados para a construção da justiça, objetivando a qualidade do ser, sendo o bem e o belo os fios deste perfeito entendimento, garantidos pela educação integral do ser humano, que forma uma coletividade justa voltada para o bem.
A proposta educacional de Aristóteles é muito interessante. Segundo a Politéia de Homero, os deuses têm características humanas. Não só na forma, mas nas atitudes humanas, como ciúme, raiva, amor etc. Ou seja, se investirmos na qualificação do nosso ser, embora não tenhamos o dom da imortalidade, através da educação podemos alcançar um nível mais elevado de nossa existência, podendo assim nos assemelhar aos deuses pelo menos no aspecto do saber.
O ser humano durante sua existência tem a oportunidade de se autoconstruir, não aceitando a determinação do destino, não tendo a obrigação de ser necessariamente igual aos deuses, se moldando como se fosse uma obra de arte. Com isso, isso a educação vai perdendo herança divina para assumir um caráter de finalidade humana.
                      O conhecimento no olhar de Aristóteles, representa uma nova etapa. Nele encontramos um modo de pensar sobre a prática. Uma teoria que nasceu da contemplação, aplicada na prática. Para Aristóteles não problemas com a política (Platão) ou com o discurso (Sócrates) desde que esses sejam acompanhados pela ética.
                       Os discursos filosóficos apontam para a necessidade de uma sociedade livre e democrática, onde a valorização da pessoa e o respeito por ela representam a compressão necessária para se resolver o problema da educação. Onde entra a necessidade de cada integrante da coletividade ter um esforço ético. Dentro do postulado aristotélico, para gerir uma instituição, família ou a si mesmo, é preciso ter solidez de caráter e isso se consegue pelo conhecimento ou o bom uso da razão (orthós) e pela vivencia da virtude do equilíbrio.  
               Aristóteles mostra que de fato que é através da educação que o ser humano vai aprender a adquirir a temperança, no intuito de construir o interior da pessoa.